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Transformações no Mundo do Trabalho
As transformações no mundo do trabalho foram responsáveis por atrair o olhar desses estudiosos, (Peter F. Drucker, Ernest Dale, Harold Kontz , Cyril O` Donnell , Michel Jucius , Willian Newman , Raph Davis , George Terry , Morris Hurley , Louis Allen ) , além disso, a visão que se tem do próprio trabalho foi construída ao longo do tempo. Os modos de produção nos quais as sociedades já se inseriram vem se modificando, e junto com isso vem se transformando o conceito do trabalho bem como as relações sociais suscitadas pelo mesmo e as preocupações referentes a isso.
As transformações pelas quais o mundo do trabalho vem passando desde então são importantíssimas para que se compreenda a organização atual dessas relações, bem como as preocupações dos sociólogos dessa área. Desde o escravismo antigo, passando pelo artesanato, servidão, e tantas outras formas de trabalho até chegarmos aos moldes do trabalho industrial no mundo moderno acarretaram transformações que dizem respeito à própria vida em sociedade, organização desses sujeitos e relações de poder entre os proprietários dos meios de produção e aqueles que vendem sua força de trabalho.
O impacto de novas tecnologias no mundo do trabalho, novas formas de organização, obsolescência de diversas profissões, o aumento do mecanismo de exclusão, a exigência de cada vez mais qualificação da mão de obras são fatores ainda presentes e que nos mostram o quanto o mundo do trabalho ainda encontra-se em contínuo processo de transformação. Contudo, o advento do capitalismo e as bruscas transformações acarretadas pela revolução industrial são ainda o grande ponto de transformação da lógica do trabalho.
Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII, expandiu-se para o mundo a partir do século XIX, alterando profundamente as relações sociais e econômicas no meio urbano e as condições de vida dos trabalhadores. A substituição da manufatura pela maquino fatura provocou um intenso deslocamento rural para a cidade, gerando enormes concentrações populacionais, excesso de mão-de-obra e desemprego.
Além disso, as condições de trabalho naquele período eram muito precárias. As primeiras máquinas utilizadas na produção fabril eram experimentais e, em razão disso, os acidentes de trabalho eram comuns. Os operários, desprovidos de equipamentos de segurança, sofriam com constantes explosões e mutilações e não recebiam nenhum suporte de assistência médica, nem seguridade social.
Neste contexto, começaram a surgir os primeiros protestos por mudança nas jornadas de trabalho. Apontada como a primeira lei trabalhista, O Moral and Health Act foi promulgado na Inglaterra por iniciativa do então primeiro ministro, de Robert Peel, em 1802. Ele fixou medidas importantes, mas inadmissíveis hoje em dia: duração máxima da jornada de trabalho infantil em 12 horas, além de proibir o trabalho noturno.
Com as insatisfações dos trabalhadores em ascensão, ganharam força os movimentos socialistas que pregavam igualdade. Conscientes das condições precárias de trabalho, em 1848, Karl Marx e Friedrich Engels publicaram o Manifesto Comunista, primeiro documento histórico a discutir os direitos do trabalhador.
Temendo adesões às causas socialistas, o chanceler alemão Otto Von Bismarck impulsionou, em 1881, a criação de uma legislação social voltada para a segurança do trabalhador. Ele foi o primeiro a obrigar empresas a subscreverem apólices de seguros contra acidentes de trabalho, incapacidade, velhice e doenças, além de reconhecer sindicatos. A iniciativa abriu um precedente para a criação da responsabilidade social do Estado, que foi seguida por muitos países ao longo do século XX.
Por todo o mundo, a luta pelos direitos sociais começava a dar resultados. Na América, não foi diferente: a Constituição do México, promulgada em 1917, foi à primeira da História a prever a limitação da jornada de trabalho para oito horas, a regulamentação do trabalho da mulher e do menor de idade, férias remuneradas e proteção do direito da maternidade. Logo depois, a partir de 1919, as Constituições dos países europeus consagravam esses mesmos direitos.
Após a 1ª Guerra Mundial, o Tratado de Versalhes, que garantiu a criação da Organização Internacional de Trabalho (OIT), impulsionou a formação de um Direito do Trabalho mundial. Àquela época, o conflito entre o capital e o trabalho era visto como uma das principais causas dos desajustes sociais e econômicos que geraram a guerra.
Teoria Neoclássica
O ser humano desde seus tempos primórdios planeja e organiza as suas ações. e com o passar do tempo percebemos que quando melhor planeja uma situação, melhores serão os resultados obtidos. E essa necessidade que temos de agir da melhor forma possível para alcançar um objetivo especifico que se chama Administrar. E mais uma vez, a humanidade desde a Antiguidade, vem criando teorias para melhor organizar suas idéias a respeito desse assunto. A Teoria Clássica foi uma das primeiras a serem criadas. Algum tempo depois surge a Teoria Neoclássica cujos autores (Peter F. Drucker, Ernest Dale, Harold Kontz, Cyril O` Donnell, Michel Jucius , Willian Newman , Raph Davis , George Terry , Morris Hurley , Louis Allen ) visava aprimorar os conceitos da Teoria Neoclássica , trazendo para uma sociedade que cada vez mais buscava a obtenção de melhores resultados por meio de melhor utilização dos recursos disponíveis (eficiência e eficácia ). Em seu livro Introdução a Teoria Geral da Administração, Chiavenato, procura falar de forma clara e simples a Teoria Neoclássica, aqui falaremos sobre a organização na visão dos autores neoclássicos.
A organização formal é tratada com maiores detalhes na teoria clássica, porem os autores neoclássicos deu umas pinceladas adicionas nesse conceito existem quatro princípios fundamentais da organização formal: Divisão do Trabalho, Especialização, Hierarquia e Amplitude Administrativa. O primeiro deles é a divisão do trabalho passou a ser utilizado a partir da revolução industrial, isso porque começaram a perceber que para padronizar e simplificar as atividades, com o objetivo de produzir dentro do padrão aceitável de qualidade era necessário uma maior especialização. É exatamente esse o significado da divisão de trabalho, a maneira pela qual o processo possa ser decomposto em uma serie de tarefas que o constituem em curto prazo vieram as conseqüência desses principio a eficiência e a eficácia da organização, alem da redução de custos de produção e de mão de obra não é preciso dizer que se algo faz abaixar os custos também faz aumentar o lucro da organização, este algo rapidamente aceito e praticado pelas empresas. Além disso, com a divisão de trabalho, foram criados três níveis administrativos necessários para dirigir a execução das tarefas e operações: o nível institucional, composto por diretores e dirigentes, o nível intermediário, composto por gerentes, e por fim o nível operacional composto pelos supervisores.
A especialização surge como conseqüência da divisão de trabalho, onde cada órgão ou cargo passa a ter funções e tarefas especificas e especializadas, sendo esta uma maneira de aumentar a eficiência e diminuir os custos de produção. A Hierarquia é outra conseqüência da divisão de trabalho, pois muitas funções impostas exigem uma estrutura hierárquica para dirigir as operações dos níveis que estão subordinados. Isso significa que dentro de uma organização são necessárias pessoas que dirigem administrem e controle as tarefas (diretores e gerentes), enquanto também são necessárias pessoas que executem as tarefas (funcionários e operários). Isso nos dá a ideia de um aspecto primordial da estrutura hierárquica, onde à medida que se sobe na escala, aumenta o volume de autoridade do administrador. A autoridade é um fator presente na hierarquia, e se distingue por três características principais. A primeira delas diz que autoridade é colocada em posições da organização e não em pessoas. Isso que dizer que os administradores têm autoridade devida ás posições que ocupam, e não por ser considerado ser melhor que outro. Outra característica é que autoridade é aceita pelos subordinados, pois eles acreditam que o administrador tem o direito legítimo, transmitido pela organização, de dar ordens e de esperar o seu cumprimento. E por fim a autoridade flui abaixo da hierarquia verticalizada, sendo assim as funções do topo tem mais autoridade do que as funções da base.
Na hierarquia, porem não basta somente autoridade precisa também de responsabilidade, significa o dever de desempenhar a tarefa ou atividade para qual a pessoa foi designada. Autoridade é algo passado do superior para o subordinado, já a responsabilidade é a obrigação exigida do subordinado para o comprimento da tarefa delegada.
E por fim o ultimo fator presente da hierarquia é a delegação, que é o processo de transferir a autoridade e responsabilidade para posições inferiores na hierarquia. Existem algumas técnicas especificas para a delegação de autoridade. Por exemplo, um gerente deve delegar uma tarefa inteira a uma única pessoa, pois assim a responsabilidade é completa proporciona ao gerente melhor controle sobre os resultados. Também é necessário delegar à tarefa a pessoa certa, pois nem todo tem as mesmas capacidade e motivações. O gerente deve conciliar o talento da pessoa com a tarefa para que a delegação seja eficaz. Também de haver linhas de comunicação abertas entre o subordinado e o gerente. E ao final da tarefa o subordinado deve ser recompensado de acordo com os resultados obtidos. A hierarquia está presente em todas as organizações, pois sempre a haverá pessoas cumprindo ordens de outras que estão situadas em um cargo mais elevado.
O ultimo principio abordado pelos neoclássicos é amplitude administrativa, que veio em decorrência do principio de distribuição de autoridade e responsabilidade. Esse principio nada mais é do que o numero de subordinados de um administrador pode supervisionar. Quanto maior o numero de subordinados maior a amplitude, e quanto menor, também amplitude. A amplitude média adotada por uma organização determina a configuração estrutural da organização. Existe uma amplitude media com maior numero níveis hierárquicos, produzindo uma estrutura organizacional alto e alongada, sendo chamada de ´´Organização Alta` .E ainda há outro tipo de amplitude media, tendo poucos níveis hierárquicos, produzindo uma organização achatada. As empresas atuais preferem este ultimo modelo de estrutura, pois aproximam os níveis altos de autoridade dos funcionários, proporcionando a melhoria na comunicação entre os níveis hierárquicos. Como podemos perceber na Teoria Neoclássica, como o nome próprio já diz aborda temas atuais, sendo seus princípios amplamente utilizados pelas empresas e organizações que buscam cada vez mais excelência em seus resultados.
Brasil
O trabalho livre e assalariado ganhou espaço após a abolição da escravidão no Brasil em 1888 e com a vinda dos imigrantes europeus para o País. Mas as condições impostas eram ruins, gerando no País as primeiras discussões sobre leis trabalhistas. O atraso da sociedade brasileira em relação a esses direitos impulsionou a organização dos trabalhadores, formando o que viriam a serem os primeiros sindicatos brasileiros.
Segundo Chiavenato (1992), as primeiras normas trabalhistas surgiram no País a partir da última década do século XIX, caso do Decreto nº 1.313, de 1891, que regulamentou o trabalho dos menores de 12 a 18 anos. Em 1912 foi fundada a Confederação Brasileira do Trabalho (CBT), durante o 4º Congresso Operário Brasileiro. A CTB tinha o objetivo de reunir as reivindicações operárias, tais como: jornada de trabalho de oito horas, fixação do salário mínimo, indenização para acidentes, contratos coletivos ao invés de individuais, dentre outros.
A política trabalhista brasileira toma forma após a Revolução de 30, quando Getúlio Vargas cria o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. A Constituição de 1934 foi a primeira a tratar de Direito do Trabalho no Brasil, assegurando a liberdade sindical, salário mínimo, jornada de oito horas, repouso semanal, férias anuais remuneradas, proteção do trabalho feminino e infantil e isonomia salarial.
O termo “Justiça do Trabalho” também apareceu pela primeira vez na Constituição de 1934, e foi mantida na Carta de 1937, mas só foi instalada de fato em 1941. A necessidade de reunir as normas trabalhistas em um único código abriu espaço para Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada em 1943. Entre os anos 1940 e 1953, a classe operária duplicou seu contingente. Aos poucos, também iam nascendo os sindicatos rurais.
O golpe militar de 1964 representou a mais dura repressão enfrentada pela classe trabalhadora do País. As intervenções atingiram sindicatos em todo o Brasil e o ápice foi o decreto nº 4.330, conhecido como lei antigreve, que impôs tantas regras para realizar uma greve que, na prática, elas ficaram proibidas.
Depois de anos sofrendo cassações, prisões, torturas e assassinatos, em 1970 a classe trabalhadora vê surgir um novo sindicalismo, concentrado no ABCD paulista. Com uma grande greve em 1978, os operários de São Bernardo do Campo (SP) desafiaram o regime militar e iniciaram uma resistência que se estendeu por todo o País.
Após o fim da ditadura em 1985, as conquistas dos trabalhadores foram restabelecidas. A Constituição de 1988 instituiu, por exemplo, a Lei nº 7.783/89, que restabelecia o direito de greve e a livre associação sindical e profissional.
Conclusão:
O capitalista, o comerciante que se tornou industrial e o burguês urbanizado surgiram antes do impulso tecnológico e todos não perderam a oportunidade de progredir.
As maquinas tecnológicas são focalizadas como símbolo de uma revolução, mas os operários costumam serem esquecidos pela história oficial.
O fenômeno industrial tem se mantido contraditório ao longo dos tempos modernos. Muitos camponeses ao terem suas terras expropriadas foram obrigados rumar para a cidade.
A Revolução Industrial, foi introdutora da chamada divisão técnica do trabalho aos processos produtivos, que consiste na decomposição das tarefas em etapas, a cargo de trabalhadores especializados, originando a linha de montagem.
Nas ultimas duas décadas, esse sistema tem entrado em crise; por isso, tem-se desenvolvido novos métodos, a partir da ideia de que a participação dos trabalhadores na gestão dos processos de produção permite melhorar a produtividade.
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